"EM BREVE O CURTA-METRAGEM DE DANIEL DE SOUZA"
Há mentiras e mentiras. Existem aquelas piedosas, como as reverenciadas pelo poeta persa Saadi, que dizia serem elas preferíveis à “verdade de conseqüências funestas”. Concepção corroborada pelo escritor francês Labiche, segundo o qual em certas circunstâncias “a mentira é o mais santo dos deveres”. Assim, algumas pérolas da fantasia pronunciadas ao longo do tempo são perdoáveis e facilitam a nossa vida “social”: “Que gorda o quê!”, “Adoooro a sua mãe!”, “Compra, meu amor, ficou lindo”, “Não vamos fazer nada que você não queira”, “Sei lá de quem é essa calcinha!”... A idéia por trás dessas imposturas brancas é não prejudicar ou não fazer o outro lado sofrer por nada. Ou por muito pouco. Veja bem: não é o caso de defender as mentiras, e sim de tentar ver o que significam de fato. Vamos traduzir algumas das mais freqüentes “licenças poéticas” cometidas pelos homens, de modo a facilitar a sua — e a nossa — vida.
Texto Bernardo Jablonski
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