Quando a coluna anunciou com exclusividade que João Kleber iria para “A Fazenda”, houve quem tivesse a certeza de que os barracos desta edição estavam garantidos. Afinal, o apresentador de programas como o “Tarde Quente”, em que havia discussões diariamente, e criador do “Teste de Fidelidade” – que invariavelmente acabava em briga – era conhecido pela personalidade forte. Mas o que se viu foi exatamente o contrário. Querendo mostrar o João Kleber “cidadão” e não o “artista”, o peão mostrou gentileza com os colegas, evitou brigas pesadas e ainda acabou apaixonado por Joana Machado. Em clima de comemoração pela vitória da loira na prova do fazendeiro, ele conversou com a coluna.
JOÃO KLEBER: Muito! Mais do que torci ontem, impossível. Ela é guerreira. E gostei muito de ver que ela disse ontem quando discutiu com o Gui que antes de sair eu pedi pra ela tirar ele. E acho que é isso mesmo que vai acontecer: ela só vai sossegar quando ele for eliminado. A cada dia que passa me surpreendo mais com a Joana. Apesar dessa fama, ela não é barraqueira, ela tem temperamento forte, que é o que pode prejudicá-la. Se nos próximos dias ela usar o critério de não brigar, e passar a ser irônica e posicionar, ela se sairá bem.
IG: Acha que Joana vai ter a vingança que tanto quer?
JOÃO KLEBER: Ela vai usar de coerência, como sempre. Foi ela que resolveu todos os conflitos quando foi fazendeira pela primeira vez. Acho que agora ela vai começar a perceber a postura da Anna Markun, aliás, o Thiago já a alertou sobre isso. Quando foi para a roça a Anna implorou por votos pra ficar para poder fazer justiça e desmascarar o Gui caso voltasse. Mas ela não fez nada disso, acabou ficando amiga dele de novo. Quando tive de justificar porque deveria continuar no programa eu disse que só queria mostrar quem o João “pessoa”, não o artista. Não precisei usar o nome de ninguém. Para quem votou nela deve ter sido uma decepção, porque ela não cumpriu o que prometeu. E ainda assim foi uma votação apertada, praticamente empate técnico. Eu tive 47% e ela recebeu 45% dos votos.
IG: Acha que as pessoas têm medo de tomar partido lá dentro?
JOÃO KLEBER: Eu já comentei lá dentro que o programa vai chegar a um ponto em que as pessoas vão ter uma que assumir uma posição. Nos últimos dias, cada um foi tirando o seu da reta. Uma coisa que me chateou foi que quando a Joana voltou como fazendeira, não houve uma alegria, uma espontaneidade. Quando ela voltou da outra vez, viu que a Anna tinha colocado uma planta de arruda na cama de todos que estavam na roça, menos na dela. A Joana já ficou esperta, ela não é burra.
IG: Acha que quem não se posiciona vai ser eliminado?
JOÃO KLEBER: Eu acho que sim. Nessa última briga pelo menos o Dinei se posicionou, a Monique também. Olha, discuti muito com a Monique, mas ontem ela fez uma coisa que eu gostei quando questionou porque as pessoas não se posicionaram contra o Gui. Parece que todo mundo esqueceu o que houve. Mas também gosto do posicionamento da Valesca, que disse que só vai tomar posição quando mexerem diretamente com ela. Isso de não comprar a briga se justifica: depois que compraram a briga da Taciane comigo e aconteceu o que aconteceu (ela chamou João de pai e surpreendeu a todos), elas não quiseram mais fazer isso por ninguém. E também não acho que Dinei fez as pazes com o Gui. Acho que ele aprendeu a jogar finalmente.
IG: Te surpreendeu ver que as pessoas gostam da Joana mesmo com esse temperamento forte?
JOÃO KLEBER: Acho que ela está indo muito bem. É uma mulher que se posiciona, coisa rara de se ver na televisão. E ela teve toda razão na briga com o Gui. Pelo amor de deus, o cara chegar em rede nacional e chamar a outra de bêbada! Ali, ele pegou pesado. Essa é uma coisa que eu dizia sempre desde o início: podem falar tudo, mas não falem nada pessoal, não envolva minha família. Foi horrível ele ter feito isso ao vivo, com os filhos dela assistindo.
Com a amada Joana Machado: convite para ir à Europa
JOÃO KLEBER: Me decepcionei. Ele me elogiava, dizia que eu era um ícone da televisão. Mas outro dia vi uma imagem em que ele falava mal do meu sapato Gucci. Pô, o cara usa fixador no cabelo e vem falar disso? Eu andava de galocha, usava calça rasgada, mas de noite procurava ficar arrumado, sim. Não ia ficar fazendo papel de coitadinho lá, é bobagem. Não tem necessidade disso, de me depreciar. E não gosto do que ele está fazendo com a Joana. O Gui é esperto, sabe trabalhar com a câmera, fica falando pros bichos, mas é grosseiro. Já deu a entender que o que a Joana tem foi dado por terceiros. Ele sabe que está sendo filmado por isso fica falando com ironia. Eu não acho essa parte dele legal. E vou falar isso para ele quando ele sair.
IG: Acha que ficará amigo do Gui aqui fora?
JOÃO KLEBER: Ser amigo dele aqui fora é uma ideia quase que risível. Aliás, amizade ali é muito difícil de ter, viu? Há uma diferença brutal de afinidades. Mas quero manter amizade com Dinei, Thiago e até a Valesca. Já convidei formalmente o Marlon e a esposa para me visitarem em Portugal. E, claro, vou fazer o mesmo com a Joana.
IG: Muito se falou que você não entrou no reality show pelo prêmio de R$ 2 milhões, mas para reabilitar a imagem na TV. É verdade?
JOÃO KLEBER: Entrei para ganhar os R$ 2 milhões, sim. Quem não gostaria de ter esse dinheiro? Mas não faria tudo na vida para ganhar, não. Sobre a imagem, eu disse desde o início que as pessoas iriam conhecer o João. As pessoas que me conhecem na intimidade sabem quem eu sou. Sou chorão, me emociono fácil. Sou amigo de minhas duas ex-mulheres e de minha ex-sogra. Alguns produtores que trabalharam comigo na Rede TV! e hoje estão na Record foram me cumprimentar depois que saí, fiquei emocionado. Fazer um programa de TV em que você tinha de lutar pela audiência, numa emissora jovem e colocar a emissora em primeiro lugar é uma pressão muito grande.
IG: Também houve quem achasse que o barraqueiro da edição seria você.
JOÃO KLEBER: Sou uma pessoa frontal. Quando tive problema com a Taciane por exemplo, fui lá e perguntei porque ela não sabia qual era a escova de dente. Quando teve o negócio da Monique, perguntei qual era o problema dela comigo. Mas não iria arrumar barraco. Quando Renata Banhara xingou minha geração inteira, fui para a piscina, tentar relaxar. O que eu teria para falar a uma mulher daquelas? Nada, acabaria perdendo a razão.
IG: Pensa em voltar de vez ao Brasil?
JOÃO KLEBER: De vez, não. Achei impressionante como tem gente maldosa para tudo e inventa história, disseram que eu estava mal na Europa. Basta entrar no site da TV portuguesa para ver que “Fiel, Infiel” está no ar. Tenho também uma empresa de SMS lá. Mas quero ficar no Brasil também, isso depende. Se falar que não quero apresentar um programa no Brasil, vou estar sendo hipócrita. Tenho interesse, sim, é meu país. Gostaria de ficar entre Portugal e Brasil. Quero fazer um programa para a classe C e D aqui no Brasil, mas não desses que têm barraco.
IG: Já procurou alguma emissora?
JOÃO KLEBER: Não procurei nenhuma emissora ainda. Por enquanto vou cumprir meu compromisso com a Record até o final de “A Fazenda”.
IG: Viu que Luciana Gimenez deu início a uma releitura do “Teste de Fidelidade” na última segunda-feira (22)? O que achou disso?
JOÃO KLEBER: Não vi porque tive um compromisso de trabalho, mas ela sabe o que está fazendo e se ela acha que é interessante. Parece que não usou-se o mesmo título, mas desejo boa sorte a ela. Não vi a audiência.
IG: Média de 1,4 ponto, segundo a prévia do Ibope.
JOÃO KLEBER: Então, eu dava 10 pontos, ela deu 1,4. Mas ela tem muito carisma, pode se dar melhor. Faço isso desde 2002, imagina como estou cansado desse tema. Tenho muito carinho pela Rede TV!, sou suspeito porque inaugurei a emissora. O primeiro programa que ficou pronto lá foi o meu, chamado “Te Vi Na TV”. Se a Luciana resolveu fazer um novo “Teste de Fidelidade”, acho que pode dar pé. Não tenho mais idade para ter ciúmes de tudo, nem de mulher, nem de trabalho. Já bati muita cabeça na vida, mas ela vai nos ensinando.
IG: Qual o seu palpite para a roça de quinta-feira (25)?
JOÃO KLEBER: Ali tudo pode acontecer, depende da leitura do espectador. Pode sair a Dani, que entrou depois depois da expulsão da Duda e passou um período curto. Mas podem achar que o Thiago continuará fazendo o jogo de não se comprometer, podem pensar que ele é morno. Ele tem boa formação, é paparicado pela mãe. Talvez achem que ele não vai gerar situação de conflito. Já a Monique bota pilha, talvez o espectador ache que ela voltando o bicho pegue. Qualquer um dos três pode sair. Por mim, sairia a Monique, que já teve a chance dela, mas aprendi a entender o jeito dela. Por outro lado, queria ver ela resolver esse problema com o Gui. Pelo lado do jogo, deve sair a Dani.
IG: Vai se guardar até a saída da Joana Machado? Pretende encontrar o namorado dela e conversar sobre seu amor por ela?
JOÃO KLEBER: Também não sou adolescente para chegar a esse ponto. Sempre fui uma pessoa diferente com mulheres. Nunca passei cantada em todas aquelas do “Teste de Fidelidade”, por exemplo. Tenho respeito por todas elas. Conquistei a minha ex-mulher convidando para ir a padaria, depois mandando presentes. Já aconteceu de levar uma mulher para jantar em Paris, dormirmos num hotel e voltarmos no dia seguinte. Sou um cara romântico mesmo, só porque sou pessoa pública não posso me declarar para ninguém? Sei que a Joana tem namorado, mas gostei muito quando ela disse que tinha saudades de mim e que sairia para tomar um vinho comigo caso o namorado dela não fosse buscá-la. Sei também que a relação dele têm bastante tempo. Mas se fosse comigo, se ela quisesse sair da relacão, eu diria que o problema dela, ela que sabe o que faz da vida. E espero que ele pense do mesmo jeito. Tenho muita vontade de conversar com a Joana a sós, dirimir as coisas com ela. Não desisto das coisas com facilidade e não vou desistir da Joana. E quando eu falo que vou conversar a sós com ela isso não quer dizer que vou levar ela para o motel, nem para meu apartamento. Vou convidá-la para jantar, tomar um bom vinho. E vou convidá-la para ir à Europa. Vamos ver o que acontece.
creditos: IG http://colunistas.ig.com.br/natv/category/reality-show/
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